28 maio 2006

Cidade forrada a papel

Não sei se isto é um fenómeno que está a acontecer em todas as cidades, mas pelo menos aqui em Braga é assim, cada vez mais a cidade está forrada a papel. Eu passo a explicar.

Não que seja uma prática pouco comum, espalhar papeis, mas ultimamente o que não faltam pelas ruas da cidade são papeis colados em tudo quanto é lugar a oferecerem ou procurarem serviços, a venderem alguma coisa, etc... Mas esta não é a normal publicidade de rua. Vemos papeis a oferecerem emprego como distribuidores de publicidade, ao lado de outros onde se procura revendedores para a Avon, que se misturam com o curso de iniciação à representação e com o papel do campo de férias,... e estes são só alguns dos exemplos que primeiro me vierem à cabeça. As ruas de Braga parecem-se cada vez mais com uma página de classificados.

Os papeis por aí espalhados, não são mais que folhas de papel convencionais impressas numa qualquer impressora. Papeis estes, que sob a força do elementos da natureza, entenda-se, a chuva, passam muitas vezes a papeis borratados, nos melhores casos, ou muitas vezes a pasta de papel. Que não é, deveras, a melhor decoração para as ruas da cidade.

Quando digo ruas, refiro-me a todos os elementos que encontramos na rua com área suficiente para se colocar lá um papel. Nisto estão incluídos postes eléctricos, candeeiros de rua, caixotes de lixo, caixas de luz ou gás, e tudo mais em que possam pensar. E quando não lemos o papel no primeiro candeeiro, temos os outros todos à nossa frente com a mesma mensagem, isto no nosso melhor interesse claro. Não querem os senhores empresários que nós sejamos obrigados a parar para ler o papel. Não se preocupam eles é com o sermos obrigados a ver a nossa cidade forrada a papel.

Ah... e como é de "supor", as pessoas que tão simpaticamente colocaram estes anúncios, sob metros (literalmente) de fita-cola, não se dão ao trabalho de os tirar posteriormente. O que leva a cada poste de iluminação tenha montes de papeis colados uns em cima dos outros, com outros ao lado, e outros ainda a baixo e outros a cima. Tudo isto numa vergonhosa decoração urbana. Chegando ao ponto de, quando os papeis deixam de se conseguir ler, a empresa em questão fazer o favor de os espalhar outra vez pela cidade, colocando por cima dos já existentes, papeis novos (e iguais), sem nunca retirar os anteriores.

Aparentemente a crise leva as pessoas a quererem fazer a publicidade a cada vez mais perto das pessoas (perto de mais diria eu), para terem a certeza que chega até elas. Infelizmente, a crise não levas as pessoas a pouparem dinheiro em resmas de papel e rolos de fita-cola. Qualquer não me admirava, que andássemos nós com papeis colados nas costas...

3 comentários:

ivamarle disse...

admira-te, pelo andar da carruagem, já esteve mais longe.Aqui em Coimbra não notei, o que notei é que a minha caixa de correio é atulhada 2 e 3 vezes por dia, com folhetos do hipermercados e das grandes superfícies em geral, seja Aki, San Luis, eu sei lá...

Elipse disse...

O mundo vive a uma velocidade que a economia comanda, com todas as consequências do marketing associado. Mas o que dizes é verdade para as cidades e arredores. Feio, porco e mau o procedimento.

ricardo.vegetus disse...

eheh, a publicidade é uma coisa mto gira....