24 julho 2006



Subo às estrelas,
Ascendo!
Desço aos teus braços
Deito-me nas nuvens.
Olho para a direita
Olho para esquerda,
Vejo-te!
Não estás lá…
Ainda trago o teu cheiro no corpo
As gotas de água na pele,
Ainda sinto a tua luz.
Mas fugiste…
Tal e qual uma prisão
Mas levaram-te para lá.
Quero subir contigo
Ser estrela.
Rebenta as correntes!
Vem deitar-te comigo nas ondas.
23-07-2006

20 julho 2006

Machu Picchu



Ando com falta de inspiração, não sei que escrever. E a culpa é deste calor (que está finalmente a passar) que nem pensar me deixa. Por isso nem sei que dizer. Pode ser que amanhã tenha alguma ideia.

Depois o facto de ter de fazer o exame outra vez, que não estava nada a contar, também me deixo sem vontade de escrever... Ou melhor, deixou-me foi com outras coisas na cabeça.

Ao menos deixo aqui uma imagem bonita, de Machu Picchu no Peru. Um sitio onde jurei a mim mesmo que hei de ir um dia. Porque me apaixonei por ele da primeira vez que o vi. E como os meus planos d férias parece que se cingem todos aqui a casa, aproveito para sonhar, com um sítio onde hei de estar um dia.

Amanhã há-de ser melhor.

17 julho 2006

Campanha 2 em 1

Vou deixar aqui um resumo da campanha em que estive envolvido nos últimos dias. Ou melhor, um resumo dos objectivos da campanha. A campanha envolvia a associação onde sou voluntário, a ABRA, e foi realizada a convite dos alunos de Enfermagem do 3º ano da Universidade do Minho. Pelo menos uma das campanhas que recorreu nestes dias.

A campanha tinha como objectivo mobilizar, literalmente, as pessoas. Pois é, os alunos de enfermagem procuravam incentivar as pessoas a andar a pé. Ao mesmo tempo que faziam rastreios de colesterol e outras coisas.

Como forma de incentivar as pessoas a andar, uma das soluções apresentadas pelos alunos (e é aí que nós entramos), é arranjar um cão e andar a passear com ele todos os dias. Ora aí está uma boa forma de fazer exercício, não acham?

Como sempre a ABRA promove ainda mais alguns valores. Como é o caso da adopção responsável de animais, tendo consciência das responsabilidades, prós e contras de adoptar um animal. E nesta altura, mais que nunca, consciencializar as pessoas para não abandonarem os animais. Para os deixarem em hotéis caninos, ou para os levarem com eles de férias, porque existem bastantes sítios que aceitam animais.

12 julho 2006

Afinal ainda há coisas que me espantam

Eu que acho que neste mundo uma pessoa vê de tudo, e que pouca coisa me espanta, mas fiquei sinceramente admirado com uma coisa que me aconteceu. O motivo do meu espanto foi uma demonstração de civismo, muito pouco corrente nos nossos dias, daí o meu espanto.

Estava eu na fila na farmácia, e reparei que tinha lá daquelas coisas com senhas de marcar vez (das que têm um número por que depois os funcionários chamam). Mas como só estava lá uma pessoa, e como é normal em situações de pouco movimento (e porque não gosto de desperdiçar papel), não retirei senha. Era fácil ver a ordem das pessoas.
Entretanto chega mais um senhor, e depois uma senhora (porque só estava uma pessoa a atender e por isso demorava algum tempo), e colocaram-se ambos atrás de mim. Quando chegou um segundo funcionário para ajudar, carregou no botão e chamou pelo número seguinte.
O homem que estava ao meu lado (e que tinha chegado depois de mim) aproximou-se do balcão e foi atendido.
Então lá fui eu também tirar uma senha, porque queria ser atendido, e apesar do escasso número de pessoas na farmácia era mesmo necessário. E qual não é o meu espanto, quando depois de retirar a senha, a senhora que estava atrás de mim me disse "Troque comigo que você estava primeiro. Não viu as senhas, é normal."
Não imaginam o meu espanto ao ouvir isto, porque demonstrações públicas de civismo não é todos os dias que se vê.

E agora não querendo ser má língua... Mas a senhora que me deu a senha para trocar, era brasileira, e eu questionei-me sinceramente quantos portugueses fariam o mesmo? Não muitos de certeza. Eu faria, porque aliás, já o fiz mais que uma vez. Tal como não gosto que me façam isso, não faço aos outros. Mas a maioria das pessoas não teriam essa reacção... infelizmente.

08 julho 2006



Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.

Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes o que sentes.

És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu.
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.

Fernando Pessoa

Porque o que está dentro de nós não se pode esconder

Ainda há gatos como antigamente.
Já não é muito comum actualmente ver um gato andar atrás de um rato. Pelo menos aqui na minha zona não, pois os gatos de rua são alimentados pelos moradores. E desengane-se quem ainda se lembra dos gatos de rua magros e magoados pelas lutas. Aqui existem várias comunidades pacíficas de gatos, que vivem em harmonia, provavelmente porque comida não lhes falta. Olhando para eles, agem como se fossem gatos domésticos, a obedecer ao dono, que não é mais que a pessoa que lhes põe comida na rua, mas por quem todos mostram respeito.

Por isso imaginem qual não foi o meu espanto, quando ao ver um rato mesmo por baixo da janela em minha casa, vi também um gato a olhar para ele fixamente. Este encontro ainda demorou algum tempo, o rato ia-se movendo, o gato também, mas numa dança pacífica. Ao ponto de o gato e rato estarem frente a frente, a cheirarem-se e a tocarem-se.

Depois uma tentativa de fuga por parte do rato despertou no gato um instinto esquecido. E sem ser por fome ou hábito, os músculos do gato contraíram-se num esforço ancestral, esquecido com tanta domesticação, e o gato lá fez uma investida sobre o rato. Apesar do chiar do rato, e de este ainda ter ficado preso nas patas do gato por uns tempos, ele sobreviveu e fugiu para o meio dos ramos das hidranjas, onde o gato por muito que tentou, não conseguiu penetrar e assim apanha-lo.

Dois gatos ainda ficaram de vigia ao arbusto durante bastante tempo. O resto das história não sei, não fiquei a observar a vigia. Não sei se desistiram, se apanharam o rato,...

05 julho 2006

Eu não percebo

Juro que não percebo. Hoje Portugal joga outra vez, e se ganhar (esperemos que sim), vai ser outra vez o "pipipi" do costume. De cada vez que Portugal joga e ganha, toda a gente vem festejar para rua, trazem os carros e põe-se todos a buzinar.

Festejar compreendo. Vir para a rua também. Agora porquê de carro? É que mesmo pondo de lado a minha faceta de ecologista, que me lembra que eles estão a poluir o ar com o fumo. Mesmo ignorando a poluição sonora e o tráfico (que incomodam quem realmente tem de andar na rua nessa altura) provocado pelos festejos, mas que eu aceito tendo em conta que as pessoas querem celebrar. Ainda há outra questão, que eu acho muito pertinente.

Será que ninguém se lembra que estamos em crise e que a gasolina está muito cara???

É que andar horas de carro, sempre em filas e sempre em primeira, gasta muita gasolina. Não há dinheiro para muita coisa, mas para andar de carro a buzinar para festejar uma vitória a gasolina já não está cara?... É que ainda por cima, a cada vitória, mais horas depois do jogo andam as pessoas de carro pelas ruas. Enfim...

Já agora, boa sorte Portugal!

01 julho 2006

Porque no fundo, somos todos macacos

Vejam, vale bem a pena. Um video educativo ;)
Por que a brincar é que se dizem as verdades. (Para alguns é nada mais que o óbvio, para outros é decerteza algo de muito errado se não imoral... Eu incluo-me nos primeiros. E vocês?)

Dancem Macacos, Dancem
http://youtube.com/watch?v=iuJ_XRjDRQU