Tocas no piano a música que sabes que eu gosto. Cantas com a tua voz doce a letra que eu escrevi. Não te acompanho com voz nem instrumentos, porque meu apenas é o mundo das palavras. Mas ouço-te atento e através de ti partilho-me contigo.
Como as notas que lanças no ar também eu vibro. Vibra a tua voz que me aconchega, vibram os teus dedos no afagar gentil das teclas e vibram as cordas sob a força dos martelos.
Cantas só para mim. A sala está vazia, só cá estamos tu, eu e o piano. Olhas-me enquanto cantas, e eu, com movimentos mudos, canto a letra que escrevi para ti. Não me atrevo a levantar a voz, não quero estragar o momento. Deixo que sejas só tu a cantar, eu fico a ouvir-te, e a sentir-te.
A canção acaba mas eu ainda vibro. A emoção que os teus olhos não escondem, o teu calor, tudo me faz vibrar neste momento.
No silêncio da sala vazia parece que ainda ouço a tua voz dentro de mim. Algures um joelho treme, um estômago contorce-se, e uma voz que não me atrevo a usar (ou também ela irá tremer) procura as palavras para quebrar este silêncio.
Seria estúpido falar agora? Tentar esconder o tremer da minha voz e dizer aquilo… dizer… nem sei bem o quê! (dizer aquilo que sinto)
Mais inteligente, se calhar, é a tua resposta ao meu balbuciar mudo. (arrepiam-se me os pelos dos braços, sei que é ridículo, mas não sei que fazer) Quando eu não encontro palavras tu encontras outra forma de expressão. Mas não te viras para o piano desta vez. Parece que sabes exactamente o que fazer. No fim de contas, porquê falar quando tudo o que há a dizer se pode resumir num beijo?
Como as notas que lanças no ar também eu vibro. Vibra a tua voz que me aconchega, vibram os teus dedos no afagar gentil das teclas e vibram as cordas sob a força dos martelos.
Cantas só para mim. A sala está vazia, só cá estamos tu, eu e o piano. Olhas-me enquanto cantas, e eu, com movimentos mudos, canto a letra que escrevi para ti. Não me atrevo a levantar a voz, não quero estragar o momento. Deixo que sejas só tu a cantar, eu fico a ouvir-te, e a sentir-te.
A canção acaba mas eu ainda vibro. A emoção que os teus olhos não escondem, o teu calor, tudo me faz vibrar neste momento.
No silêncio da sala vazia parece que ainda ouço a tua voz dentro de mim. Algures um joelho treme, um estômago contorce-se, e uma voz que não me atrevo a usar (ou também ela irá tremer) procura as palavras para quebrar este silêncio.
Seria estúpido falar agora? Tentar esconder o tremer da minha voz e dizer aquilo… dizer… nem sei bem o quê! (dizer aquilo que sinto)
Mais inteligente, se calhar, é a tua resposta ao meu balbuciar mudo. (arrepiam-se me os pelos dos braços, sei que é ridículo, mas não sei que fazer) Quando eu não encontro palavras tu encontras outra forma de expressão. Mas não te viras para o piano desta vez. Parece que sabes exactamente o que fazer. No fim de contas, porquê falar quando tudo o que há a dizer se pode resumir num beijo?
15 comentários:
Não tenho palavras para descrever o quanto gostei! Parabéns e foi muito bom vir até aqui.
Um beijo sincero e BOM DIA TRABALHADOR!
um beijo e um olhar magico...
Como a musica que nos toca o coração. Magnifico texto.
É justamente esse magnetismo, essa "sinfonia" de mel e fel, sem artifícios que motiva desassossegos maiores. O canto em pranto é também um delírio próprio das almas algemadas de "crueis" encantamentos...
Mas há sempre alguém por ai com um ombro onde cabem toda a humanidade...e todas as letras cantadas num tom menor...
Abraço
Paulo
É meu caro... por vezes as palavras estão a mais.
Quando eu não encontro palavras tu encontras outra forma de expressão
gostei muito, ficou registado, poeta.
progressos visíveis na expressividade e na musicalidade das palavras.
gostei muito, mesmo muito.
Reitero o que já disse: a tua escrita está cada vez mais apurada e sensorial, este texto está muito bem articulado e muito bem conseguido, parabéns!!
nem sei o que hei-de dizer, fiquei toda arrepiada...sem palavras
Bonito post, muito rico mesmo. Cada dia me surpreendes mais.
Beijo
Gostei tanto de te ler...
Um beijo terno em azul
sei que é ridículo, mas não sei que fazer...
nada é ridiculo quando a emoção é forte.
Certas alturas o melhor mesmo é ficarmos calados e aproveitar o silêncio...
Beijos
hummm...examinando....tudo na mesm?...hummmm....será culpa do piano?!!!
Encontrei este blog por acaso e confesso que estou a gostar bastante, vou voltar!
;-)
http://noitedechuva2008.spaces.live.com/
Gostava que visitasses...pode parecer -te estranho, mas eu comentei aqui
Gosto de poesia, gosto de chuva gosto da lua e das estrelas e gosto do mar.
Deixaste de escrever
se quiseres podes mandar mensagem que depois digo quem sou
beijinho grande
Nina
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