27 abril 2006

Eu aceitei o desfio

Foi-me feito o desafio, pelo João Dias, de continuar com a corrente de promoção de uma instituição de solidariedade. É com algum atraso que respondo ao desafio, mas aqui vai.

Escolhi a Fundação Gil como fundação a promover, por ser uma instituição de apoio a um dos grupos mais desprotegidos, se não o mais, a crianças.

Não consegui foi escolher só uma, tive de pôr outra, a ABRA (Associação Bracarense de Amigos dos Animais). Uma associação que trabalha no canil de Braga, a dar apoio aos animais lá "instalados". E com a qual começo a fazer voluntariado no sábado!!!

Desafiava duas pessoas que me dão muito prazer ler, a seguirem com a corrente. Passo por isso o desafio à Ivamarle e Elipse. A ver se a onda invade também outras áreas da blogosfera.

24 abril 2006

As pessoas que se escondem atrás das colunas

Eu não gosto das pessoas que se escondem atrás das colunas! Não gosto mesmo! E para que me percebam, eu passo a explicar. Já deve ter acontecido a todos vocês. Ir a andar na rua, num sitio qualquer com colunas, quer seja uma arcada, uma zona de lojas por baixo de uns prédios, não interessa. Pode até só haver uma coluna, isto acontece sempre. Há sempre alguém que se esconde atrás da coluna!

E que quero dizer com isto? Quando vamos a andar, no meio ou ao lado das colunas, vamos vendo as outras pessoas aparecer e desaparecer por entre as colunas. É normal. E com isso não tenho problema. Agora porque é que há sempre alguém que se esconde atrás da coluna?? Porque é que há sempre alguém que vem, do outro lado das colunas, a andar exactamente à mesma velocidade que nós, e que durante todo o caminho fica tapado pela coluna? É que não adianta, andando à mesma velocidade, a pessoa fica sempre tapada. Mesmo quando a distância que nos separa é apenas a largura da coluna, quando bastava esticar o braço para chegar-lhe, mesmo assim, nunca vemos a pessoa. É por isso que não gosto das pessoas que se escondem atrás das colunas!

Fico sempre a pensar, e se aquela pessoa, que ficou tapada pela coluna, era aquela com que eu ia passar o resto da minha vida? E se agora nunca mais a vir? Se tiver perdido aquela que seria a única oportunidade de a conhecer? Única, e agora porque não a vi, a última que alguma vez vou ter? Não é frustrante? Para mim é. Às vezes ainda tento, normalmente em vão, ver pelos reflexos das montras das lojas, nem que só numa sombra e de relance, a pessoa que se esconde atrás da coluna. Ver se sinto no meu coração que aquela era realmente aquela pessoa para mim. Mas em vão... quase sempre em vão…

Mas tive uma ideia! E se, de cada vez que isto acontece, parássemos de andar, para deixar que a outra pessoa saísse de trás da coluna. Não podíamos parar os dois, ou ficávamos na mesma os dois tapados pela coluna (Malditas colunas!!). Não. Tínhamos de abrandar, ou mesmo parar, ou então andar a velocidades diferentes, não interessa. O importante era, quando nos apercebêssemos que alguém estava escondido atrás da coluna, fazíamos por ver a pessoa. Nem que fosse só trocar uns olhares, por uns segundos, desde que a víssemos. Assim já não ficávamos com dúvidas.
E se um dia depois encontrássemos a pessoa dizíamos, "Tu eras a rapariga de trás da coluna! Lembras-te de mim? Do outro lado da coluna?". Não era maravilhoso? Não era romântico?

Mas porquê que a colunas têm de ser tão insolentes? Estúpidos blocos de betão armado, revestidos de azulejos ou pintados! Infames destruidores de primeiros encontros! É por isso que não gosto de colunas! Nem das pessoas que se escondem atrás das colunas! Não se deviam construir colunas!

NÃO GOSTO DAS PESSOAS QUE SE ESCONDEM ATRÁS DAS COLUNAS!!!

21 abril 2006

Morangos com cheiro a podre

Peço desculpa por falar disto, não que já não me apetecesse dizer alguma coisa antes, mas por respeito ao rapaz tinha evitado fazer comentários. Mas já chega...

Não é que eu recebi um mail a falar da morte do Francisco Adam, o rapaz dos Morangos com açúcar, e que acabava assim:

Todos nos ficamos surpreendidos com a noticia por isso vamos fazer deste e-mail o mais lido do pais em homenagem a "DINO" Francisco Adam

E com uma lista de assinaturaspor ali a baixo a seguir.

Tenham paciência... Porque é que está um país inteiro a chorar por um actor de telenovela? Os meus pêsames aos familiares e amigos, mas agora o resto do país, está a chorar porquê?? Vão sentir muita falta dele de certeza... A única falta que vão sentir, vai ser por não vê-lo na tv. Mas posso só lembrar que os actores mudam todas as temporadas. Ninguém choraria por ele quando ele não aparecesse na nova temporada.

Agora dizem todos que ele era muito boa pessoa e montes de coisas boas a seu respeito. Pessoas que nem o conheciam, que só eram suas fãs!! E a prova de tal hipocrisia é o facto de se referirem a ele sempre como Dino, porque a verdade é que é mesmo só o Dino que conhecem, e não o Francisco Adam. Que chorem então quando ele morrer na telenovela, aí sempre faz mais sentido.

Por favor, o mundo já está cheio de hipocrisia, deixem o rapaz, pelo menos agora, ver-se livre dela... Eu sei que não lhe faz grande diferença agora, mas por respeito.

E não me entendam mal, não tenho nada contra ele, nem lhe desejaria nunca nada de mal. A minha indignação é para com a hipocrisia das pessoas. É exactamente a mesma coisa do caso do Fehér, que deu no que deu porque morreu na tv. Do jogador de basquete que morreu duas semanas antes ninguém quis saber. Haja bom senso, porque da minha parte, já não há paciência.

20 abril 2006

Galiza em fotos








(Depois de algumas dificuldades técnicas) Aqui fica a minha selecção de fotos das férias na Galiza. E que trabalho me deu esta selecção... Não conseguia decidir quais pôr, haviam várias que gostava. E mesmo depois de muito escolher, excedi o número de fotografias que tinha dito que ia por no blog, mas já não conseguia escolher mais nenhuma fotografia para tirar.

Espero que gostem das fotografias, são uns olhares por alguns recantos da Galiza. As primeiras quatro são de Santiago de Compostela. Duas da catedral, uma de uma da faculdade, e a outra é de um parque.
A seguinte é d'A Corunha, e as ultimas duas, das praias d'O Grove.

Tenho pena que muitos dos espaços que vi não possam ficar aqui retratados, mas não dava mesmo para me alargar mais.

17 abril 2006

"Lei anti-tabaco" espanhola

Vi-me obrigado a separar esta pérola espanhola das outras da minha viagem, porque na minha opinião, esta merece um destaque especial. E ao contrário das outras, esta não tem nada que possa, nem remotamente, ser cómico.

Este é o papel afixado em todos os cafés, restaurantes,... espanhóis.


SE PERMITE FUMAR
Fumar perjudica gravemente su salud y la de los que están a su alrededor


Ridículo, não?
Toda a gente fala, há já algum tempo, das regras anti-tabaco dos espanhóis, pois bem, desenganem-se.

Aparentemente, e independentemente da lei anti-tabaco, só é realmente proibido fumar se na porta do estabelecimento estiver escrito isso mesmo. Não estando expressa tal proibição, pode-se fumar à-vontade no estabelecimento em questão. E digo-vos, em quatro dias de viagem, só um estabelecimento encontrei em que fosse proibido fumar, uma pastelaria.

Acho que se encontram mais locais em que seja proibido fumar em Portugal, por iniciativa dos proprietários e ainda sem lei de tabaco, do que em Espanha, onde existe a, muito comentada, lei anti-tabaco.

Só espero, sinceramente, que a lei anti-tabaco portuguesa, da qual se começam a ouvir burburinhos, não seja uma fantochada tão grande como é a lei espanhola. Porque nesse caso, ficamos muito mal servidos.

Isto não é situação para se ficar de braços cruzados...

Crónicas de viajante

Estou de volta ao activo na blogosfera, depois de uns dias de férias. Fui visitar nuestros hermanos da Galiza, que é o mesmo que dizer que fui visitar os nossos parentes mais próximos, a seguir aos macacos.

Mas nem só de ocio foi feita esta viagem (eu ainda venho com o galego muito fresco na cabeça), enquanto lá estive aproveitei para descobrir algumas pérolas, e aprender coisas que não sabia a respeito aqui dos nossos manos.

Descobri hábitos estranhos dos espanhóis. Na porta do meu quarto estava um papel com esta mensagem, o que me deixou no mínimo intrigado...



Outra coisa que me deixou intrigado foi o facto as cobras dos símbolos das farmácias espanholas não subirem palmeiras, mas sim taças (ou lá o que é).


Mas apesar do tempo passado em Espanha, nunca me deixei de sentir completamente em casa. Primeiro porque os tugas nunca nos deixam ficar mal, e estão em todo o lado. Depois, tudo nas casas de banho do hotel era português. Desde a cortina de banho de Pevidem, às toalhas de Guimarães (que não se lê na foto, mas está lá), às louças da casa de banho, também elas portuguesas.


Depois, os comerciantes e afins da Galiza, não paravam de me lembrar, os mui lusos comerciantes do Algarve. Que nem por viverem dos turistas, são propriamente "simpáticos" para eles.

Para terminar, nos passeios por Sanxenxo, encontrei uma Plaza de Portugal. Que nem praça é realmente, e que se reduz a nem meia dúzia de metros quadrados. Mas valeu a intenção.

13 abril 2006

Novos pecados para o novo mundo

O cardeal James Francis Stafford do Vaticano veio anunciar os novos pecados para os cristãos, adaptados à realidade actual. E os novos pecados são ver televisão, ler jornais e navegar na internet. Isso mesmo...

Isto porque, explicou ele, actualmente as pessoas passam muito pouco tempo a estudar a Bíblia. Em oposição, passam muito com a internet, televisão e jornais. E como tal, todo o tempo passado a nessas actividades, tira templo de reflexão nas Sagradas Escrituras, e por isso, é pecado!

É sempre melhor ter pessoas desinformadas, que sabem tudo sobre a Bíblia, mas não têm consciência do que se passa no seu mundo para além do seu nariz. Isto porque são muito mais fáceis de controlar, perceba-se. Quanto mais restrito e controlado pela igreja for o universo das pessoas, mais fácil é controla-las e de dizer-lhes o que fazer, e muitas menos hão de se perder por outros caminhos. Mas isto já é opinião minha.

Há sempre outro ponto interessante por onde abordar esta questão, o pensar em todas as coisas que fazemos, que podem tirar tempo de estudo das Escrituras. Eu fiz uma pequena lista de actividades que são possíveis pecados.

1- Ainda dentro das actividades referidas pelo cardeal, pode-se acrescentar, ler livros, jogar computador ou consolas, jogos de tabuleiro, dados ou cartas, dominó, xadrez e damas;

2- Todas as actividades que nos fazem sair de casa sem ser por razões de trabalho, aulas, fazer as compras de mercearia e outras actividades necessárias na vida quotidiana, porque, digo eu, seria mais ridículo ainda considerar essas pecado. E aqui inserem-se: ir ao cinema, ir jantar fora, ir tomar um café com os amigos, ir para o shopping passear ao domingo (e logo em dia santo!!) ou noutro dia qualquer da semana, fazer horas extraordinárias no emprego quando não nos pagam por elas;

3- Tudo quanto seja hobby e ocupação de tempos livres: desde desportos, ginásio, danças de salão, clubes de leitura, voluntariado (a não ser q seja ler a Bíblia aos infiéis), grupos de jovens ou de apoio, e tirem os vossos filhos do ATL!! Ponham-nos a ler a Bíblia;

4- Ir passar férias. A não ser que seja ir ao Vaticano! Porque onde já se viu estar deitado ao sol na praia, ou andar a passear e conhecer coisas novas, ou a fazer safaris por terras desconhecidas ou selvas cheias de mosquitos, em vez de ler a Bíblia muito calmamente no conforto do lar, com o rádio no rosário para dar ambiente...

Podia ficar nisto para sempre, mas não vale a pena. Acho que já marquei a minha posição. Isto é ridículo, e é só um dos exemplos do caminho para que esta religião está a seguir. Muitos outros são aqueles que vamos vendo no dia-a-dia. Como este que está no Bradiencefalia, sinceramente...
É, para mim, cada vez mais difícil perceber como a igreja mantém tantos adeptos. Por muito gasta que possa ser a piada, acho que cada vez faz mais sentido dizer, dou graças a deus por ser ateu. Se bem que não é graças a deus que sou ateu... é por razões bem mais palpáveis.

11 abril 2006

A prerrogativa lusa do "portuguesmente atrasado"

(Peço desculpa pelo tamanho do post, mas vale a pena, digo eu)

Ao passar os olhos pelo índice da Xis, vi uma reportagem, que não podia deixar de ler. O título era “Mania de chegar atrasado”, e como tal, não pude ficar indiferente. Por pura curiosidade, claro (Coff! Coff!), nada de pessoal.

"Quem nos vê [aos portugueses] de fora mantém a opinião de que há, de facto, uma tendência cultural para contemporizarmos com a falta de pontualidade, e é provavelmente por isso que este proverbial mau hábito se colou, como uma etiqueta, à nossa reputação."

Uma prova disto, é o facto de nunca marcarmos nada para uma hora certa. Um jantar, uma festa, uma reunião, etc. nunca são marcados para uma hora, mas são marcados para um período de tempo. Isto é, não vamos a um jantar marcado para as 21h, mas sim, para um jantar marcado pelas 21h. E como tal não se pode esperar, nem sequer criticar, que alguém não apareça às 21h em ponto, mas sim, pelas 21h/21h30, quando não é mais tarde.
E se, quando isto se passa num ambiente casual, por exemplo entre amigos, ainda se percebe facilmente o clima de descontracção face aos horários, outras situações há, em que tal descontracção pode passar por uma falta de respeito. (Isto aos olhos dos não lusos claro)
Refiro especificamente, a reuniões, colóquios, seminários, … Que são, por norma, agendados da mesma maneira. Reunião de trabalhadores, pelas 15h, ou seminário sobre estado da economia portuguesa, com início pelas 14h30. Está claro que, perante tal cenário, nem trabalhadores, nem oradores, nem ninguém, estará presente, exactamente à hora marcada. Como é “óbvio”, essa é a hora a que as pessoas começarão a chegar. O evento ou reunião seguirá, assim que as pessoas tiverem chegado (mais uma vez, pelas Xh).
Cúmulo desta situação são as aulas. No secundário a hora de entrada não é no toque principal, mas antes, até ao segundo toque (e quem não se revê neste exemplo que atire a primeira pedra!). Nas aulas da universidade, onde as pessoas são, à partida, mais maduras, este cenário intensifica-se, contrariando o previsível. Pois agora, dado a falta de importância dada pelos professores aos alunos, e às suas respectivas entradas nas salas, qualquer hora é boa para entrar, desde que não se faça barulho ao entrar no auditório.

"A falta de pontualidade é apenas a ponta do icebergue da falta de rigor, de organização, concentração e espírito sistemático dos portugueses."

Eu diria antes alguma coisa do género: a falta de pontualidade, a falta de rigor, a falta de organização, a falta de concentração, a falta de espírito sistemático e crítico, a total incapacidade de gerir dinheiro em percursos maiores do que da mão para o bolso, … são apenas a ponta do icebergue das razões porque o país está no estado que está. A pontualidade no meio do resto, quase, a meu ver, desaparece, ou pelo menos, perder muita importância. Mas são opiniões.

"Muitos de nós chegamos atrasados aos compromissos por supormos que os outros também se vão demorar e como, de uma forma geral, o prognóstico se confirma, reincidimos neste comportamento."

Realmente é verdade, para quê chegar a horas, se sabemos que a pessoa com quem nos vamos encontrar, vai chegar atrasada. Mais vale tentar prever o atraso, e se conhecermos bem a pessoa pode ser que consigamos fazer isso, e atrasarmo-nos nós igualmente. Assim não perdemos tempo à espera da outra pessoa.
A brincar que diga isto, tem o seu quê de verdade. Quando combinamos algo com uma pessoa que sabemos ser atrasado compulsivo (e de maneira nenhuma me retracto neste cenário, Coff! Coff!) não vale realmente a pena cumprir o horário, pois só nos valerá, muito provavelmente, uma valente seca.
Agora passando isto de novo para o contexto universitário, e acrescentando-lhe a minha experiência, gostava de dar um exemplo, que me parece apropriado.
Vários professores meus chegam, por sistema, no mínimo 15min atrasados. Agora digam-me, quando isto é um dado mais que adquirido, qual o objectivo em estar na sala à hora da aula? Ainda por cima quando as aulas são à primeira da manhã ou da tarde, onde o nosso tempo era melhor passado a dormir ou a almoçar calmamente, em vez de sentados à espera dos ditos professores.
Agora se me perguntarem, será que os professores vêm tarde por saberem que os alunos chegam por norma atrasados? Não vos sei responder, mas o meu palpite, muito sinceramente, é que o seu atraso se deve, acima de tudo, à prerrogativa lusa do “portuguesmente atrasado”.

"O mais curioso é constatar que são quase sempre os mesmos que fazem desta prática o seu estilo de vida[...]. Os retardatários crónicos interrompem aulas, palestras e reuniões, [...] são sempre os últimos a chegar ao trabalho, a um jantar[...]."

(Coff! Coff! Coff!) Peço desculpa pela tosse, (Coff!) mas neste estado (Coff!) não me parece possível escrever um comentário a estas frases. Contudo, “estilo de vida” também me parece um bocado exagerado.
Acrescento apenas que não gosto do termo “retardatário crónico”, prefiro antes “atrasado genético”. Assim pelo menos há a em quem deitar as culpas pelo atraso, aos genes, e eventualmente, a quem nos passou genes com tal defeito.

"[...] outros há que nem sequer lhes ocorre desculparem-se pelo seu comportamento, tido como um traço natural e distintivo da sua personalidade."

(Coff! Coff!) Maldita tosse! Está difícil escrever o post.
Sou obrigado a concordar com uma coisa, se achava “estilo de vida”, uma expressão demasiado forte, “traço natural e distintivo da personalidade” parece-me perfeito. Liga com aquela coisa do genético. E por outro lado, é uma coisa a juntar à lista de características pessoais. Ser atrasado pode ser equiparado a outras características tais como, ter mau feitio, ser teimoso, maníaco-obsessivo, … Não que alguma delas esteja na minha lista. (Coff! Coff!)

"Segundo os especialistas, existem diversos tipos de atrasados crónicos, mas qualquer que seja o perfil, aparentemente há um denominador comum: o desejo de chamar a atenção dos outros."

Sinceramente, não sei se isto será verdade em todos os atrasados. Parece-me, por pessoas que conheço claro, que às vezes, simplesmente existe uma incapacidade natural de chegar a horas. Por muito que me esforce (Coff!), se esforcem, e tentem inclusive chegar antes da hora prevista, no fim de contas chegam sempre atrasados.

"Já num adulto, uma vez instalado o hábito, é mais difícil corrigi-lo."

Era impossível para mim saber se isto é verdade ou não. Uma vez que ainda sou um jovem, ou será que sou um jovem adulto? (COFF! COFF!) Quer dizer, uma vez que não sou atrasado, (Coff!) claro… cabeça a minha…

"O ritmo biológico é outra explicação para os atrasos. Está provado cientificamente que cada um de nós tem um horário de melhor desempenho, sendo manifestamente mais difícil para um noctívago cumprir as suas obrigações nas primeiras horas do dia."

Pois, só falo por mim, mas minha cama sabe muito bem de manhã, aí até às 13h, agora de noite não nos damos muito bem. Deve ser o meu amor à Lua que me faz gostar tanto da noite. Porque é, realmente, muito complicado para mim fazer coisas de manhã. Isto tentando refutar aqui, um bocadinho, aquela coisa do desejo, generalizado a todos os atrasados, de chamar a atenção com o acto do atraso.
E claro, está implícito nas minhas palavras, que qualquer atraso, hipotético, por minha parte, se dará de manhã, e nunca (Coff!) de tarde ou de noite.

"Também é importante percebermos e assumirmos que a forma como lidamos com o relógio diz muito sobre a nossa educação e o nosso temperamento. É na estrutura familiar que criamos hábitos e regras que mais tarde reproduzimos."

A minha relação com o meu relógio é assim, ele está 5min adiantado. E, vendo as horas com calma, tiro-lhe sempre os 5min, quando estou com pressa, normalmente, não me lembro de o fazer. Não que isso me impeça de chegar atrasado na mesma (COFF!), eu não disse isto.
Mas admito, apesar de nunca ter pensado nisso, que enquanto atrasado genético, parte do meu atraso, vem provavelmente dos meus genes, ou pelo menos, dos meus hábitos familiares. Isto é, vivendo num ambiente em que não se prima pela pontualidade, é normal (faz-se me luz agora) que tais hábitos não se ganhem. Em alguns casos mesmo, tais hábitos, ou melhor, a falta deles, podem mesmo agravar-se. Não que seja o meu caso, claro.

"Numa sociedade tão exigente e complexa como a nossa, é uma questão de procurarmos definir prioridades, sabendo de antemão que nunca iremos ter tempo para fazermos tudo o que precisamos ou gostaríamos de fazer."

Só para concluir, depois desta magnifica frase, queria dizer que, apesar de ser por norma, atrasado, isso não me traz nenhum prazer especial. Muito pelo contrário. Apesar de não conseguir deixar de me atrasar, incomoda-me constantemente o chegar atrasado e deixar pessoas à espera. Em parte se calhar, porque dado a minha falta de experiência em esperas, não tenho paciência nenhuma para esperar por outras pessoas. E cada vez que isso se sucede, nem que seja num atrasado pequeno, fico logo a espumar de raiva e extremamente irrequieto.
Há contudo, uma coisa em que nunca me atraso, o cinema. Não entro numa sala de cinema com atraso. Posso ficar à espera 2h da sessão seguinte, mas não perco 5min que sejam do início do filme. Acima de tudo, porque me incomoda bastante o perder alguns segundos ou minutos de filme. Mas também porque incomoda muito ter pessoas a passar à nossa frente na sala. É contudo, provavelmente, a única coisa em que sou assim obcecadamente pontual.

08 abril 2006

Desenhar...





Hoje estou numa de partilhas, por isso fica aqui um desenho meu. Acabado de fazer! Uma experienciazita, com lápis de cor, grafite e caneta. Sim, porque finalmente arranjei uso para as minhas Rapidogtaphs!! Não propriamente aquele para que foram feitas, nem para que as comprei, e há provavelmente quem me matasse por usa-las no que usei. Mas estavam paradas e estavam...

Tenho de dizer que, para variar, fiquei contente com o resultado. O que não é normal, nada normal. Se não gostasse também não o punha aqui.

As cores perderam-se um bocadinho a scanar a imagem, mas dá para ver bastante bem. Cliquem para aumentar.

Só mais uma coisa. O desenho não é anime, é antes de mais alguma coisa MEU. Pode ter alguma influência da animação japonesa. Mas ao mesmo tempo está a ir contra algumas das regras principais do anime (e quem conhecer sabe o que estou a dizer).
Isto porque não gosto de rótulos, nem gosto de fechar as coisas dentro de compartimentos fechados. A arte para mim é livre, é liberdade, e como tal não pode, ou pelo menos não deve, ser catalogada de formas muito restritas nem objectivas, se é que há realmente algum interesse em fazer uma qualquer catalogação.

Time gous by con Loli

Eu não posso deixar de partilhar este video, está de rir. Para quem gosta do "Hung up" da Madona, para quem não gosta, e mesmo para quem não conhece.

http://video.google.com/videoplay?docid=1118062670787157311

05 abril 2006

America vs. Portugal

Mandaram-me este mail. É um resumo engraçado, contudo realista, do povo português.


American said: "We have George Bush, Stevie Wonder, Bob Hope, and Johnny Cash."

Portuguese said: "We have Jose Socrates, no wonder, no hope, and no cash."

A versão lusa do Windows


Afinal a viagem de Bill Gates cá a Portugal já mostra resultados. Um novo sistema operativo... Só não sei se funcionará muito bem.

04 abril 2006

Download ilegal

Foram apresentadas 28 queixas-crime contra desconhecidos em Portugal por download ilegal de na internet. Isto vem no seguimento de um programa novo, ligado aos direitos d autor, em que Portugal está agora inserido.

Aparentemente, para já, as queixas estão a ser apresentadas consoante o volume de downloads.

Até o ser mais insignificante sabe que é importante

Em Bragança, a estrada que pretendem construir para servir de escape à nacional, já existente, está em vias de ver o seu plano embargado por causa de ratos. Isso mesmo, ratos.

Ao que parece, o percurso previsto para a estrada passa por uma zona em que existe uma colónia de ratos, oriundos apenas da Península Ibérica, e que são considerados espécie protegida. E como tal, não se pode pôr em risco os ratos e o seu habitat natural, por causa da estrada.

Como se está mesmo a ver, os ditos ratos, estão a causar burburinho. A população, que diz tanto precisar da estrada, não está nada contente por ver a obra embargada por causa de ratos. Esquecem-se que aqueles não são uns quaisquer ratos de esgoto, mas uma espécie protegida, os ratos “cabrera".

De qualquer da maneira, caso não seja possível a construção da estrada, outro percurso opcional já está previsto. E aos olhos da população, desde que haja estrada, já ficam contentes.

02 abril 2006

Ice Age 2 - The Meltdown

Fui ver o Ice Age 2. Achei o filme simplesmente ILARIANTE!! É, na minha opinião, provavelmente ainda melhor que o primeiro filme. E o Ice Age original já é um filme muito engraçado.

É do tipo de filmes, tão engraçado, tão engraçado, que até ficamos com preguiça de nos vir embora à espera de mais piadas! (este foi, sem dúvida, o trocadilho mais foleiro que consegui fazer!)

Agora falando a sério. Manny, Sid e Deigo continuam a fazer-nos rir. Já é impossível não rir ao ver o Esquilo, mesmo antes de ele fazer seja o que for. E ainda temos novas personagens, igualmente engraçadas a juntarem-se ao elenco. Três, ou melhor, duas gambás e uma mamute, entre outras.

A nível de 3D e animação CG, o filme está bastante além do anterior. Também é normal, já passaram uns aninhos... Quando será que hei-de ser eu a fazer uma coisa destas? Espero que um dia...

Rabinho entre as pernas...

Freitas do Amaral veio agora dizer que afinal não estava bem informado quanto à questão dos imigrantes canadianos. Afinal o governo canadiano tinha, e tem, razões para fazer o que estava a fazer.

A semana passada eram coitadinhos, agora, já não... Mas a culpa não foi dele, ele é que não estava bem informado. Ele nem tinha esse dever nem nada... como ministro... É perfeitamente normal acontecerem erros desses. Enfim...